Sarah S. Ramalho em entrevista a TV Master fala sobre a atividade em alusão ao DIA INTERNACIONAL DO ORGULHO LGBT que irá acontecer em João Pessoa no dia 29 de Junho de 2012 às 18 no Centro Histórico, Praça Antenor Navarro. E apresenta também o Grupo Amizade Colorida (#FAcebook).
quarta-feira, 27 de junho de 2012
ARRAIÁ DO ESPAÇO LGBT E DA CASA DOS CONSELHOS
Arrasta-pé só pra dançar. Ta na hora de se levantar e vim LUTAR. Em clima de aniversário o Centro de Referência LGBT da Paraíba convida para a Festa Junina que será realizada no dia 28 de Junho (DIA INTERNACIONAL DO ORGULHO LGBT) às 16h na Casa dos Conselhos, Praça Dom Adauto, n° 58.
Esta é uma realização do Governo do Estado da Paraíba através da Secretária de Estado da Mulher e Diversidade Humana e da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Social
DIA DO ORGULHO LGBT EM JOÃO PESSOA
DIA DO ORGULHO LGBT EM JOÃO PESSOA
29 DE JUNHO – CENTRO
HISTÓRICO, PRAÇA ANTENOR NAVARRO ÁS 18H
Dia 28 de junho de 1969. Esta foi a data
considerada o marco na luta pela igualdade de direitos, respeito e liberdade de
expressão para ativistas Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais.
Revoltados com as constantes revistas repressivas
realizadas pela polícia no Bar Stonewall, em Nova York , os
freqüentadores – em sua maioria LGBT -, decidiram se posicionar contra a
intimidação praticada pelas autoridades, resultando em protestos que perduraram
por três dias. Esta ficou conhecida como “A Rebelião de Stonewall”,
representando as protoformas do Movimento LGBT.
A partir desse evento, no dia 28 de junho,
tradicionalmente em diversas partes do mundo é comemorado o Dia do
Orgulho de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais por
meio de paradas e outras atividades socioculturais e educativas, como forma de
expressar livremente, sem vergonha e publicamente a orientação sexual e a
identidade de gênero LGBT. No Brasil as Paradas de Orgulho LGBT começaram a
ganhar expressão, sendo vistas pela população, a partir da década de 1990.
Mas vale lembrar que este dia, para além das
celebrações e festividades, também é o momento propício para falarmos das
conquistas já alcançadas e da pauta de reivindicações do movimento LGBT
moderno, o que é importante para dar visibilidade às lutas desse segmento e aos
direitos garantidos por lei.
No Brasil, conquistas como legalização da união homoafetiva, benefícios previdenciários ao companheiro e seu reconhecimento como dependente no imposto de renda, adoção de crianças e adolescentes, custeio pelo SUS de cirurgias de mudança de sexo, dentre outros direitos já estão em vigor.
No Brasil, conquistas como legalização da união homoafetiva, benefícios previdenciários ao companheiro e seu reconhecimento como dependente no imposto de renda, adoção de crianças e adolescentes, custeio pelo SUS de cirurgias de mudança de sexo, dentre outros direitos já estão em vigor.
Todavia, ainda esbarram em muitas dificuldades e
impedimentos para serem concretizadas. O casamento civil, por exemplo, ainda é
uma polêmica sendo garantido em alguns estados, e dificultado e até mesmo
impedido em outros, já na adoção de crianças e adolescentes muitas vezes os
homossexuais ainda são associados a pedófilos ou considerados não aptos para
serem pais e mães, impedindo a realização de muitos gays e lésbicas que sonham
em aumentar a família.
Outras questões ainda são bandeiras de luta como
a criminalização da homofobia. Percebe-se que na nossa e em muitas sociedades a
sexualidade ainda envolve imposições e resistências, sendo fonte muitas vezes
de preconceito, opressão, discriminação e violência. A homofobia, típica
violência que muitas vezes passa despercebida, é um exemplo bem real, presente
e muitas vezes letal. Por isso, seu combate é uma das principais campanhas do
movimento LGBT.
Segundo pesquisas recentes a homossexualidade
ainda é proibida em 78 países e punida com pena de morte em 5. Esses são dados
muito sérios e representam o quanto ainda o mundo tem que avançar para o
reconhecimento da diversidade sexual e dos seres humanos enquanto seres livres
para assumirem suas orientações e seus desejos, sem prejuízo de seus direitos
ou até mesmo de sua vida. É pela defesa dos direitos humanos que precisamos
encarar essa data como instrumento de mobilização social e de visibilidade
deste segmento, em prol da igualdade de direitos entre pessoas heterossexuais e
LGBT.
Muito ainda se tem a avançar! Então, fica a dica,
comemorem, mas também se mobilizem, cobrem, lutem. Essa é a chamada do Dia
do Orgulho de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais. Que
a cada 28 de junho tenhamos mais a celebrar e menos a lamentar das leis do
nosso país e de seres humanos de todo o mundo. Que o reconhecimento da
diversidade sexual e o combate a todas as formas de desrespeito, preconceito,
discriminação e violência por conta da orientação sexual ou identidade de
gênero assumida seja encarada como uma necessidade para afirmação da igualdade
e para construção de um mundo mais justo e igualitário.
O evento iniciará as 18h:00 com falas dos
militantes e terminará com atrações culturais e Djs UEL e RONALDO.
terça-feira, 26 de junho de 2012
XI PARADA PELA CIDADANIA LGBT DE JOÃO PESSOA-PB
Arte: Pedro Silva |
No próximo domingo (01/07/2012) acontecerá a
XI PARADA PELA CIDADANIA LGBT DE JOÃO PESSOA. A orla da Praia de Cabo Branco
será mais uma vez palco dessa grande mobilização que esse amo terá como tema
"AFIRMANDO DIREITOS E CIDADANIA"
Este momento será
utilizado para recordar os 282 LGBT assassinados no ano de 2011 no Brasil em
razão de sua orientação sexual (lésbica, gay ou bissexual) ou identidade de
gênero (travesti, transexual e transgênero).
Durante o evento
a Comissão da Diversidade Sexual e
Direito Homoafetivo da OAB/PB estará coletando assinaturas para o Estatuto da
Diversidade Sexual. Segundo Maria Berenice Dias (Presidenta Nacional da
Comissão da Diversidade Sexual da OAB) “A criação do Estatuto é uma
reivindicação antiga do movimento Lésbicas, gays, bissexuais e transexuais -
LGBT. Eles sentem falta de uma legislação única, que trate de todas as questões
envolvendo a diversidade sexual”,
AFIRMAR
DIREITOS E CIDADANIE é querer acima de tudo sermos respeitadas como somos, queremos poder casar
(daí a luta pelo casamento civil igualitário - se informe mais em http://casamentociviligualitario.com.br/, ser tratadas de acordo com nossas identidade de
gênero (daí a ação nº 4275 que aguarda julgamento pelo Supremo Tribunal Federal
e pretende garantir a alteração de nome e sexo civil), e proteção legal contra
as agressões sofridas por elas (daí a luta pela criminalização da homofobia -
se informe mais em www.plc122.com.br/).
Enfim, a luta das LGBT é a mesma luta de
todos os outros grupos oprimidos: por respeito, cidadania plena e poder de
decisão sobre o destino dos recursos produzidos pela sociedade, além de poder
desfrutá-los igualmente.
A XI
PARADA PELA CIDADANIA LGBT DE JOÃO PESSOA contará com quatro trios elétricos,
um da Ordem dos Advogados do Brasil, representada pela sua Comissão da Diversidade Sexual e
Direito Homoafetivo, um do
Conselho Regional de Serviço Social e dois que levarão os militantes Gays,
Lésbicas, Bissexuais Travestis e Transexuais.
O início do desfile está
marcado para as 16h, com fala oficial dos representantes do movimento. Depois
da parada, o encerramento acontece no Busto de Tamandaré, com shows de Val
Donato e Diana Miranda.
segunda-feira, 25 de junho de 2012
sexta-feira, 1 de junho de 2012
CARTA MANIFESTO DA MARCHA DAS VADIAS-PB
CARTA MANIFESTO DA MARCHA DAS VADIAS-PB
João Pessoa, 09 de Junho de 2012
Em pleno século XXI, a violência contra as mulheres ainda é naturalizada e vista como algo do âmbito privado e da moralidade, reproduzindo discursos como “em briga de marido e mulher, ninguém mete a colher” ou “uma mulher que veste roupas provocativas ou curtas não pode reclamar se for estuprada”.
A violência contra mulher se dá pela condição imposta pela sociedade capitalista e machista que explora e oprime as mulheres à medida que as torna propriedade dos homens nas relações afetivas, mercantiliza o corpo da mulher nas propagandas na mídia, impõe jornadas duplas/triplas de trabalho com salários desiguais e não garante políticas públicas como creches em número suficiente para as mulheres se inserirem no mercado de trabalho.
A nossa sociedade culpabiliza as mulheres pelas violências que sofrem, unicamente por serem mulheres, mesmo que com diferentes identidades, etnias, raças, orientações sexuais, classes sociais e de diferentes gerações. Quando somos lésbicas, negras e pobres, essa violência ainda é mais intensa, sobretudo, quando essas identidades se articulam entre si, promovendo uma discriminação e preconceito sem precedentes.
A Paraíba historicamente é um estado em que o machismo é forte e repercute sobre a história de vida das mulheres. Recentemente foi divulgado o mapa da violência de 2012 no Brasil. A Paraíba é o 4º estado com o maior índice de homicídios de mulheres e a capital aparece na 12ª posição dentre as demais capitais da federação. O índice de violência contra as mulheres no Estado em 2012 é 50% maior em relação ao ano passado. Até abril deste ano, já foram assassinadas 41 mulheres na Paraíba sendo 26 por crimes machistas e sexistas e 15 por suposto envolvimento com drogas (Fonte: Centro da Mulher 8 de Março). Esses números são bem maiores, pois a maioria dos casos não chega a ser noticiado na imprensa.
Um dos casos mais chocantes ocorreu na cidade de Queimadas, Paraíba, em que cinco mulheres foram estupradas, sendo duas brutalmente assassinadas. O estupro coletivo foi um “presente” de aniversário, um crime cruel que precisa ser punido e revela o quanto ainda precisa ser feito no enfrentamento à violência contra a mulher, ao machismo e ao patriarcado. Denunciamos essa violência, na qual o corpo e a vida das mulheres são vistos como um elemento a ser dominado. Somos solidárias a todas as mulheres vítimas de violência. Nesse sentido, “somos todas mulheres de Queimadas”!
COMO SURGIU “A MARCHA DAS VADIAS”?
A marcha surge em 2011, na cidade de Toronto, Canadá, quando o elevado número de estupros de mulheres numa universidade levou um policial, durante uma palestra sobre segurança, a “aconselhar” que as mulheres evitassem se vestir como “vadias” para não serem estupradas. Estudantes da universidade se indignaram diante de tal declaração e a reverteram em um protesto político, organizando a primeira marcha das vadias, que levou às ruas cerca de três mil pessoas, que se manifestaram publicamente contra a alegação de que as mulheres são violentadas por causa da forma como se vestem. Em pouco tempo, a marcha das vadias se espalhou pelo mundo. No Brasil, pelo segundo ano consecutivo, diversas marchas têm acontecido em todas as regiões.
Na Paraíba, a marcha das vadias acontece num momento em que a violência contra a mulher aumenta bastante, sendo necessário fazer a denúncia dos casos de violência, dialogar com a população e reivindicar a efetivação das medidas de enfrentamento à violência contra a mulher.
E “VADIA”, POR QUÊ?
Porque esta palavra é usada contra as mulheres diante de alguma atitude ousada e diferente da condição de submissão que lhe foi destinada na história, principalmente no que se refere à sua sexualidade. Na sociedade opressora e machista em que vivemos, o livre exercício da sexualidade da mulher é tabu e gera preconceitos diversos. Esta palavra provoca e faz refletir sobre um padrão de conduta imposto pela sociedade, que se escandaliza com a palavra “vadia”, mas não se escandaliza diante dos casos de violência que acontecem com as mulheres. O uso dessa palavra é uma crítica ao rótulo que nos é imposto quando enfrentamos os padrões estabelecidos para o comportamento feminino.
Então, dizemo-nos “vadias” porque queremos ser mulheres livres de qualquer tipo de exploração e de opressão e não ficamos caladas diante de uma situação de violência, seja ela física, simbólica ou psicológica... Dizemo-nos “vadias” porque nossos corpos nos pertencem!
NÓS MARCHAMOS PORQUE ...
• Temos o direito de exercer e de expressar nossa sexualidade livremente, sem que isso nos oprima ou nos estigmatize;
• Repudiamos essa sociedade que nos impõe um padrão de beleza que mercantiliza os nossos corpos tornando-os objetos da mídia e no mercado;
• Não aceitamos que nos seja imposto um destino que não almejamos. Recusamo-nos a reduzir o nosso papel ao da maternidade. Por isso também reivindicamos o aborto legal e seguro;
• Reivindicamos medidas preventivas e de combate à exploração sexual infantil, um problema que atinge principalmente as meninas;
• Queremos igualdade dentro dos nossos lares, dividindo a responsabilidade com as tarefas domésticas e no cuidado com os filhos;
• Exigimos equidade também nos ambientes de trabalho, com salários iguais para funções idênticas, bem como nos espaços de decisão sobre os rumos da sociedade;
• Somos contra o capitalismo e o patriarcado, pois esses sistemas se mantém fortalecendo a desigualdade entre as classes sociais e a dominação dos homens sobre as mulheres;
• Defendemos que toda mulher tenha o direito de se vestir e de se comportar como bem entender, sem que isso seja uma ameaça à sua segurança física ou uma justificativa à violação de seu corpo;
• Exigimos um Estado efetivamente laico e democrático que respeite todas as diferenças, sejam elas de sexo, raça, etnia ou orientação sexual;
• Reivindicamos a efetivação de políticas públicas por parte do Estado: com a criação/manutenção de delegacias, casas-abrigo e de acolhimento e centros de referência especializados para atendimento às mulheres vítimas de violência; qualificação dos funcionários para o atendimento das vítimas; melhorias no funcionamento da justiça especializada; mais creches públicas para possibilitar a inserção das mulheres no mercado de trabalho.
Assim, denunciamos todas as formas de violência contra as mulheres que acontecem na Paraíba, no Brasil e no mundo. Não nos calaremos e seguiremos fortes e incansáveis nesta luta por uma vida com igualdade, liberdade, felicidade, autonomia, com livre expressão e sem violência de gênero!
Mais informações:
marcha.das.vadias.jp@gmail.com
http://
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