quinta-feira, 31 de maio de 2012

MARCHA DAS VADIAS JOÃO PESSOA



MARCHA DAS VADIAS JOÃO PESSOA
DATA: 09 DE JUNHO
CONCENTRAÇÃO NA LAGOA ÀS 9H (EM FRETE A ESCULTURA "PEDRA DO REINO")

A cultura MACHISTA e AUTORITÁRIA, ainda presente na sociedade brasileira, cria desigualdades nas relações de gênero e promove uma imagem das mulheres  como mero objeto sexual. Essa cultura reforça a lógica da masculinidade compulsória: (O MACHO, HOMEM, HÉTERO, MACHISTA, DOMINADOR, ATIVO) em detrimento das performatividades femininas ou de qualquer tentativa de feminilização de corpos e mentes. Nesse cenário, a masculinidade ainda é regida pelos padrões de performance e se expressa através de poder, domínio, status, arrojo e conquista sexual.


Por isso,  nos afirmarmos como VADI@S é mais que uma ressignificação linguística, é galgar conquistas políticas e disputar espaço dentro dessa sociedade misógina, androcentrista, machista e sexista. Afirmar ser VADIA é defender uma educação libertadora, uma saúde pública humanizada e que considere as especificidades de cada segmento, é reivindicar segurança pública e direitos ligados à autoidentidade. 
A MARCHA DAS VADIAS não é um espaço só de mulheres. Faz-se necessário que homens, mulheres, jovens, idosos, crianças, brancXs, negrXs, pardXs, indiXs... se juntem para repudiar toda forma de violência. Mas nesse momento precisamos centrar forças e publicizar os autos índices de violência contra as MULHERES. No dia 09 de junho, às 9h estaremos nos concentrando em frente a Estatua "PEDRA DO REINO", anel interno da Lagoa, João Pessoa-PB, para juntXs expressarmos um BASTA À VIOLÊNCIA CONTRA AS MULHERES!
Com grande tristeza e indignação lembraremos da BRUTALIDADE ocorrida na cidade de QUEIMADAS-PB onde JOVENS MULHERES, tidas como objetos, foram ESTUPRADAS e ASSASSINADAS. "E tudo não passava de uma brincadeira, um presente de aniversário" Durante a MARCHA DAS VADIAS gritaremos com todas as forças que nossos corpos, nossas mentes são livres e NÃO aceitaremos mais que NENHUMA mulher sofra qualquer forma de violência. PQ QUANDO MEXE COM UMA, MEXE COM TOD@S NÓS!

sábado, 26 de maio de 2012

I ENCONTRO ESTADUAL DA JUVENTUDE LGBT DA PARAÍBA


ENCONTRO ESTADUAL DA JUVENTUDE LGBT DA PARAÍBA

“SAÚDE, CIDADANIA E ARTE” – 15 e 16 de junho de 2012 – João Pessoa
Local: Universidade Federal da Paraíba (CCHLA)

PROGRAMAÇÃO
15.06.2012 (SEXTA-FEIRA)


18h00 - Inscrições

19h00 – Abertura
Convidad@S: Luciano Vieira (Secretário Executivo do Fórum LGBT/PB); Gel Laverna (ASTRAPA), Lila Santos (Grupo de Mulheres Lésbicas Maria Quitéria; Ferreirinha); Representação do Gayrreiros do Vale do Paraíba; Rodrigo Firmino (AHCG); Profa. Nazaré Zenaide (Núcleo de Cidadania e Direitos Humanos da UFPB); Representação do Conselho Estadual da Juventude; Bruno Rapchaell, (Núcleo Universitário pela Diversidade Afetivo Sexual NUDAS/UFPB); Gilberta Santos Soares (Secretária Executiva da Secretaria Estadual da Mulher e da Diversidade Humana); Simone Cavalcante (Coordenadoria Municipal de Promoção da Cidadania LGBT e de Igualdade Racial) Lúcio Vilar (FUNJOPE), Vereadora Sandra Marrocos.

19h30 – RODA DE CONVERSA: “Ser jovem LGBT na Paraíba no século 21” 
 com: Carlindo Maxshweel (Movimento do Espírito Lilás), Louise Monteaux (estudante da UFPB),
Luarna Relva (Grupessc/UFPB), Joel Cavalcanti (Fórum LGBT da PB) e Samara da Silva Negreiros (ARCIDE).

20h30 – Mostra Artístico-Cultural
Drags Diet e Light
DJ Kilt, DJ Dallez, Dj Shi Oliver, DJ Ricky Mala
Shows; Top Drags e Gogoboys


16.06.2012 (SÁBADO)

 9H ÀS 12H: RODAS DE CONVERSA
Roda de conversa 1: Prevenção e Saúde.
Dr. Ricardo Mororó (Rede de Jovem Convivendo e Vivendo com HIV/AIDS); Fernanda Benvenutty (ASTRAPA); Dagmar dos Anjos (IFMP/UFPB); Monica Franch (CCHLA/UFPB).– coordenação.

Roda de conversa 2: Protagonismo e cidadania jovem LGBT.
Ednaldo Costa (ARCIDE); Cida Alves (Secretaria Municipal de Mulheres de João Pessoa); Joana Dark (Secretaria de Juventude); Willian de Lucca Martinez (jornalista), Silvana Nascimento - coordenação (CCAE/UFPB).

12h30 – 13h30: Almoço

14h00 – 17h00: OFICINAS DE ARTE E POLÍTICA
Oficina 1: Wendo – Auto-defesa feminista (só para mulheres) – Coletivo Feminista Teimosia.

Oficina 2: Dança Afro – Adélia Gomes (CMDST/AIDS)

Oficina 3: Performance e maquiagem drag – Willams Muniz (arte-educador)

Oficina 4: Teatro e Voz – Malu Morenah (cantora e atriz)

Oficina 5: Ser mulher lésbica, transexual ou bissexual – (Grupo de Mulheres Maria Quitéria)

Oficina 6: Arte LGBT – Wilany Gomes (Grupo de Mulheres Maria Quitéria)

Oficina 7: Literatura GLS

17h00 – Apresentação dos resultados das oficinas - Criação da Coordenadoria Jovem no Fórum LGBT da Paraíba.


18h30: Encerramento

17.06.2012 (domingo): 
PARADA DA DIVERSIDADE SEXUAL DA PARAÍBA 

Saída: SESC Cabo Branco – Concentração às 16h00.

Organização do encontro: Núcleo de Cidadania e Direitos Humanos da Universidade Federal da Paraíba (NCDH/UFPB) e Fórum de Entidades LGBTs da Paraíba.


Apoio: Ministério da Educação (PROEXT), Movimento do Espírito Lilás (MEL), Prefeitura Municipal de João Pessoa, FUNJOPE, Guetu – Grupo de Pesquisa em Etnografias Urbanas/UFPB, Grupo de Pesquisa Saúde, Sociedade e Cultura (GRUPESSC)/UFPB, Pró-Reitoria de Assuntos Comunitários/PRAC/UFPB, Grupo de Mulheres Lésbicas Maria Quitéria e  Gabinete da Vereadora Sandra Marrocos.

Cidade de Sapé realiza festa de todas as cores, contra a HOMOFOBIA!


quinta-feira, 17 de maio de 2012

VI Congresso Internacional de Estudos sobre a Diversidade Sexual e de Gênero





O VI Congresso Internacional de Estudos sobre a Diversidade Sexual e de Gênero da ABEH, por deliberação da última assembleia geral realizada em Natal, contará com o tema “Memórias, rumos e perspectivas dos estudos sobre a diversidade sexual e de gênero”. O evento será realizado na Universidade Federal da Bahia (UFBA), em Salvador/BA, dias 1º, 2 e 3 de agosto de 2012, e deve reunir cerca de 500 pessoas, entre palestrantes, apresentadores/as de trabalhos e ouvintes.
Os/as pesquisadores/as reunidos/as na Universidade Federal do Rio Grande do Norte decidiram que é chegada a hora de realizar uma reflexão cuidadosa sobre o “estado da arte” dos estudos já realizados em nosso país e, com isso, apontar as lacunas desses trabalhos e quais são as perspectivas para o futuro. Com base nessa decisão, a diretoria da ABEH, responsável pela organização do VI Congresso, elaborou a programação geral, que contará com a realização de uma conferência de abertura e três grandes mesas redondas, além da apresentação de cerca de 300 artigos, subdivididos em 10 grupos de trabalho (Artes, Comunicação, Educação, Histórias, sociabilidades e etnografias, Literatura, Políticas, Religiões, Saúde, Subjetividades e Direitos). Os artigos apresentados serão selecionados por uma comissão científica composta por 36 doutores/as que estudam há vários anos as sexualidades e os gêneros.
A conferência de abertura terá como tema Apontamentos críticos sobre os estudos da diversidade sexual e de gênero. O objetivo será o de tratar sobre quais foram os principais autor@s e perspectivas teóricas que influenciaram os primeiros estudos sobre a diversidade sexual e de gênero, realizar uma avaliação crítica dessas pesquisas e apontar quais são as perspectivas atuais e futuras dos trabalhos sobre essas temáticas. Para realizar essa conferência, convidamos a pesquisadora Jack/Judith Halberstam (Estados Unidos), autor de vários livros e artigos sobre a diversidade sexual e de gênero. Halberstam é hoje um dos mais produtivos e criativos pesquisadores da área.
A mesa redonda Dos pioneiros aos dias atuais: a trajetória e desafios dos estudos sobre a diversidade sexual e de gênero no Brasil deve refletir sobre quais foram as áreas do saber pioneiras nos estudos sobre a diversidade sexual e de gênero no Brasil e sobre quais as outras áreas que nos últimos anos passaram a estudar a temática. O objetivo é o de pensar sobre se e como @s pesquisador@s têm enfrentado o desafio de realizar trabalhos inter/multi/transdisciplinares. Para compor essa mesa, convidamos os pesquisadores Sérgio Carrara (Universidade do Estado do Rio de Janeiro) e Mário Lugarinho (Universidade de São Paulo) e as pesquisadoras Tânia Swain (Universidade de Brasília) e Berenice Bento (Universidade Federal do Rio Grande do Norte). Tod@s possuem ampla experiência nos estudos da área.
Uma avaliação dos estudos sobre a diversidade sexual e de gênero na América Latina hoje é o tema de outra mesa redonda, que deve realizar uma avaliação mais específica sobre os estudos gays, lésbicos, bi, trans, intersex e queer no Brasil e em demais países da América Latina, apontando quais as maiores contribuições desses estudos e quais serão as perspectivas futuras desses trabalhos. Será composta por Mauro Cabral (pesquisador e ativista intersex da Argentina) e Antônio Marquet (pesquisador e professor no México) e Guilherme Almeida (pesquisador transexual da Universidade do Estado do Rio de Janeiro).
Já na mesa redonda Estudos e políticas para a diversidade sexual e de gênero: colaborações e tensões objetivamos discutir as relações entre os estudos da diversidade sexual e de gênero, os movimentos sociais e as políticas identitárias e pós-identitárias. Participantes confirmados são: Ana Cristina Santos (pesquisadora, ativista e professora da Universidade de Coimbra – Portugal), Elisabeth Vasquez (advogada e uma das fundadoras do Movimento Trans do Equador), Rafael de la Dehasa (pesquisador e professor da Universidade de Nova York – Estados Unidos) e Luiz Mello (professor e pesquisador da Universidade Federal de Goiás).


MAIORES INFORMAÇÕES: http://www.abeh.ufba.br/

O Núcleo Universitário pela Diversidade Afetivo Sexual da UFPB estará organizando caravana para participação no evento, maiores informações sobre a caravana entrar em contato com o NUDAS através do email nudas.contato@gmail.com ou com o  Bruninho Rapchaell através do email rapchaell@hotmail.com

domingo, 13 de maio de 2012


Defensoria realiza programação no dia internacional contra a homofobia na Paraíba

A Defensoria Pública do Estado da Paraíba vai realizar uma programação educativa, em João Pessoa, para marcar o Dia Internacional de Combate à Homofobia. O evento acontece no dia 17 de maio. A equipe de defensores vai estar na Lagoa do Parque Solon de Lucena com atendimentos e orientações. A ação tem o objetivo de engajar a população na luta contra a homofobia.

Tendas da Defensoria e de órgãos parceiros, como a Secretaria de Estado da Mulher e Diversidade Humana, Secretaria de Estado da Saúde e Prefeitura de João Pessoa, vão oferecer vários serviços à população. Serão disponibilizados verificação de pressão arterial, exame de glicemia, prevenção de DST/Aids, além de orientações jurídicas por parte dos defensores públicos.

O ponto alto do evento contra a homofobia vai ser a caminhada ao redor da Lagoa, prevista para às 10h, onde o público deve reforçar o apoio ao movimento LGBT no sentido de cobrar ações efetivas para diminuir a violência contra lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais.

"Vai ser um dia para refletir sobre a maneira como gays e lésbicas são tratados e também sobre um comportamento vergonhoso que é a homofobia, principal causa de assassinatos de homossexuais no país”, explica o defensor público, Carlos Calixto, que coordena o evento. 

Surgimento da Data – De 1948 a 1990, a Organização Mundial de Saúde classificava a homossexualidade como transtorno mental. Há 22 anos, ou seja, em 17 de maio de 1990, a assembleia geral da OMS aprovou e oficializou a retirada do Código 302.0 (Homossexualismo) da CID (Classificação Internacional de Doenças), e declarou oficialmente que a homossexualidade não constitui doença, nem distúrbio.

A partir deste fato histórico, o Movimento LGBT Mundial tem priorizado a propagação do termo "homossexualidade” em vez de "homossexualismo”. Por esta razão, o dia 17 de maio tornou-se uma data simbólica e histórica para o Movimento LGBT Mundial que incentiva a promoção de eventos públicos em todas as regiões do planeta, visando chamar a atenção das pessoas, principalmente de autoridades públicas e políticas.

Maria Berenice Dias lança campanha pelo “Estatuto da Diversidade Sexual” Leia Mais Em: http://www.eleicoeshoje.com.br/maria-berenice-dias-lanca-campanha-pelo-estatuto-da-diversidade-sexual/#ixzz1unD631xd


Por Leandro Oliveira
A advogada especializada em Direito Homoafetivo, Direito das Famílias e Sucessões, Maria Berenice Dias, encabeça uma campanha para apresentar o projeto do Estatuto da Diversidade Sexual por iniciativa popular.
De acordo com o Artigo 1º do estatuto, o projeto possui como finalidade “promover a inclusão de todos, combater a discriminação e a intolerância por orientação sexual ou identidade de gênero e criminalizar a homofobia, de modo a garantir a efetivação da igualdade de oportunidades, a defesa dos direitos individuais, coletivos e difusos”. O estatuto na íntegra pode ser lido aqui.
Para que o projeto seja apresentado, é preciso recolher 1 milhão e 400 mil assinaturas. Difícil? Nem tanto. Vale lembrar que em breve começa as diversas paradas pela diversidade nos diversos cantos do Brasil e que movimentam bem mais que este número. Só a última parada de São Paulo contou com 4 milhões de pessoas nas ruas.
No dia 16 de maio teremos também a Marcha contra a Homofobia em Brasília uma ótima oportunidade para recolher assinaturas.
Para participar da campanha você precisa assinar a petição online pelo estatuto clicando aqui.
E o mais importante, imprimir o formulário para subscrever o projeto do Estatuto da Diversidade Sexual clicando aqui.
E claro, espalhar para todos os conhecidos e conhecidas, LGBT ou não. Você também pode movimentar a militância da sua cidade ou região para a coleta de assinaturas, além de entrar em contato com a organização das paradas e verificar a melhor forma de divulgar o formulário.
Cada formulário pode ser subscrito por 6 pessoas diferentes e enviado para:
Maria Berenice Dias – Endereço: Rua Santa Terezinha, 620/801 – Porto Alegre/RS – CEP: 90040-180.
Vamos à luta! A hora é agora!
Para saber mais sobre o projeto acesse: http://www.direitohomoafetivo.com.br/
Conheça mais sobre a Maria Berenice Dias, na reportagem que o Gay TV fez sobre ela:
Conheça mais sobre a Maria Berenice Dias clicando aqui.


Leia Mais Em: http://www.eleicoeshoje.com.br/maria-berenice-dias-lanca-campanha-pelo-estatuto-da-diversidade-sexual/#ixzz1unDCuEWS

Aluno transexual luta para usar nome social na UnB


Marcelo Caetano, da Ciência Política, ainda era chamado por um nome feminino por alguns professores. Decisão final sai em um mês. 

Por Priscilla Borges, do iG 
Marcelo Caetano, estudante de Ciência Política da UnB, abriu processo administrativo para deixar de usar o nome feminino nos documentos da universidade (Foto: Alan Sampaio)Marcelo Caetano, estudante de Ciência Política da
UnB, abriu processo administrativo para deixar de
usar o nome feminino nos documentos da
universidade (Foto: Alan Sampaio)
Aos 22 anos, Marcelo Caetano trava uma batalha administrativa que jamais pensara ser capaz de encarar. O santista, que nasceu uma menina, quer ser reconhecido na Universidade de Brasília (UnB), onde cursa Ciência Política, pelo nome que escolheu. Quer ver, nos documentos e carteirinha da instituição, na voz de professores, colegas e funcionários, sua nova identidade formalizada e respeitada.

Há cerca de três anos, o estudante do segundo semestre de um dos cursos mais prestigiados da universidade brasiliense “renasceu”, como ele mesmo diz. Depois de anos tentando compreender tudo o que sentia, ele conheceu – e aprendeu – sobre transexualidade. À época, ele estudava Direito na Universidade Federal do Paraná (UFPR) e passou a conviver com outras pessoas que sentiam o mesmo que ele: não se identificavam com o corpo que nasceram.

Com ajuda de amigos e da terapeuta, Marcelo percebeu que não era uma “lésbica”. Entendeu que a vontade de ser vestir como um garoto tinha uma explicação. Ele conta que, aos 10 anos, se vestiu com roupas do pai e foi ao shopping. Queria entrar no banheiro masculino e usá-lo como qualquer outro menino. Ao longo da adolescência, as calças jeans e camisas pólos formavam quase que todo o seu guarda-roupa. Saias e brincos não tinham vez.

Marcelo conta que não foi fácil se libertar da antiga identidade. “Não é e nunca será fácil, eu acho”, pondera. A primeira providência era avisar ao pai, que mora no interior de Pernambuco com um irmão. A reação dele foi das piores. Marcelo e o pai quase não se falam mais. “Mas não faria nada diferente. Tinha de ser assim mesmo”, analisa. Depois, o jovem contou aos amigos a novidade. Juntos, escolheram seu novo nome: Marcelo Caetano.

Para marcar o momento, Marcelo cortou os longos cabelos. E, desde então, luta para ser reconhecido e respeitado por sua nova identidade. Entre os amigos, houve um “período de adaptação natural”. Nos espaços públicos, ainda precisa conquistar o direito. Para mudar documentos e fazer a cirurgia de redefinição sexual, uma pessoa transexual precisa passar por um longo processo, em que são feitas avaliações psicológicas.

Antes de abrir o processo judicial, Marcelo usa os meios administrativos disponíveis. No ano em que ainda passou como estudante de Direito na UFPR depois de assumir a nova identidade, ele conseguiu o direito de usar seu nome social em todos os documentos da instituição. Porém, em agosto, decidiu abandonar o curso e estudar Ciência Política. No entanto, na UnB, não encontrou a mesma abertura para transexuais.

No início do semestre, conversava com cada professor, de cada disciplina. Alguns reagiam de forma natural e atendiam ao pedido do jovem para usarem Marcelo Caetano. Outros, no entanto, se recusavam. Ele não suporta mais a humilhação de ouvir as risadas após responder a chamada nesses casos, depois de ouvir um nome feminino. 

“A aceitação foi muito tranquila, de modo geral. Cheguei aqui com uma postura muito diferente. Já fiz muitos amigos, mas essa questão do nome é muito importante. Rodei tudo quanto é decanato em busca de ajuda, porque hoje tenho que abrir minha intimidade para os professores e correr o risco de ser atendido ou não”, afirma.

Marcelo aguarda decisão definitiva da UnB, que deve ser tomada em um mês: não quer mais constrangimentos (Foto: Alan Sampaio)Marcelo aguarda decisão definitiva da UnB, que deve
ser tomada em um mês: não quer mais
constrangimentos (Foto: Alan Sampaio)
Primeira vitória
Marcelo Caetano enviou o ofício com um pedido para que a universidade aceitasse o uso de seu nome social em carteirinhas, documentos e lista de chamadas no dia 26 de janeiro. De lá para cá, um longo processo de avaliação começou. O processo já recebeu análise da Procuradoria Jurídica da UnB e, na última terça-feira, foi aprovado pela Câmara de Ensino de Graduação, formada por professores.

Os integrantes da comissão aprovaram, por unanimidade, o pedido feito pelo aluno. A saída encontrada pela UnB, já que Marcelo ainda não alterou os documentos oficiais, foi permitir que os estudantes transexuais tivessem o nome social registrado junto com o oficial, o da certidão de nascimento. A solução se baseia em instruções do Ministério do Planejamento para atender servidores transexuais.

“Não podemos alterar identificação civil. Isso é perigoso até para ele, já que o diploma também é documento oficial. Se o aluno transexual já conseguiu alterar o registro civil, todos os documentos são alterados. Se não, temos de manter os dois”, afirma Davi Diniz, professor de Direito da UnB e chefe de gabinete do reitor.

A decisão é inédita na UnB. Nunca um recurso como esse havia chegado à Câmara, responsável por avaliar solicitações dos estudantes. Porém, o processo ainda não terminou. Precisa ser avaliado por mais uma comissão, o Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe). A nova avaliação ainda não tem data. Mas professores que participam do conselho acreditam que o processo ainda leve mais um mês até ser concluído e deve ser aprovado.

“A sociedade deveria tratar a situação dessas pessoas com mais atenção e não fingir que elas não existem. O procedimento para mudar os documentos de quem não se sente dentro do gênero que nasceu deveria ser mais fácil”, comenta Davi.

Marta Suplicy promove seminário para discutir projeto contra homofobia no Senado


Participam a ministra da SDH, Maria do Rosário e o governador do Rio, Sérgio Cabral.
Evento será realizado na terça-feira no Auditório Petrônio Portela às 10 horas. 


Do Gay1 Brasil 
Marta espera que o seminário sensibilize os senadores e a sociedade civil sobre a homofobia (Foto: Lia de Paula/Agência Senado)Marta espera que o seminário sensibilize os senadores e a sociedade civil sobre a homofobia
(Foto: Lia de Paula/Agência Senado)
A senadora Marta Suplicy (PT-SP) promove, na próxima terça-feira (15/5), um seminário para discussão da proposta de substitutivo ao Projeto de Lei da Câmara 122, que criminaliza a homofobia. O evento será realizado no Auditório Petrônio Portela do Senado Federal a partir das 10 horas e é aberto ao público. (Confira programação)

Relatora do PLC 122 no Senado, Marta colocou por duas vezes a proposta em votação na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) no ano passado. Nas duas ocasiões o projeto foi retirado de pauta em meio a polêmica entre parlamentares contrários e favoráveis.

No seminário, organizações de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais entregarão à senadora um documento pedindo a aprovação do projeto no formato do substitutivo da ex-senadora Fátima Cleide (PT-RO), aprovado na Comissão de Assuntos Sociais (CAS) em 2009.

Marta espera que o seminário sensibilize os senadores e a sociedade civil sobre a seriedade do agravamento da violência homofóbica que está ocorrendo hoje no Brasil e a consequente necessidade de aprovação do projeto que torna crime a discriminação por orientação sexual.

“Agora não só a Europa, mas também a Argentina e outros países vizinhos avançam nesse tema e na proteção da diversidade. Enquanto isso, o Brasil caminha para trás”, lamenta a senadora.

Marta ressalta que a sensibilização dos parlamentares só vai ocorrer, porém, com uma mobilização cívica, na medida que as pessoas entenderem que os direitos humanos estão sendo desrespeitados e que as agressões estão se tornando cada vez mais violentas.

Na opinião de Marta, a maioria dos cidadãos brasileiros seria contra se perguntado se um cidadão LGBT deve ser vítima de preconceito. Mas isso não está se demonstrando em ações concretas. “As pessoas estão sendo vitimizadas não só em seus empregos, mas quando passeiam, quando se divertem, em todas as situações”, disse.

Além de representantes da sociedade civil e de organizações LGBTs de diversos estados brasileiros, é aguardada a presença da ministra da Secretaria de Direitos Humanos da presidência da República, Maria do Rosário, e do governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral.

Os debates abordarão temas sobre a construção de uma sociedade de respeito à diversidade, sobre políticas positivas de combate à homofobia e sobre os aspectos constitucionais e legais da criminalização da homofobia. Haverá ainda testemunhos de familiares de vítimas e de pessoas que sofreram homofobia.

O projeto - De autoria da ex-deputada federal Iara Bernardi (PT-SP), o PLC 122 foi aprovado na Câmara em dezembro de 2006. A proposta altera a Lei 7.716, de 1989, que tipifica "os crimes resultantes de discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional". A proposta de Iara Bernardi inclui entre esses crimes o de discriminação por gênero, sexo, orientação sexual ou identidade de gênero, igualando-os ao racismo. O projeto que tramita atualmente no Senado é o substitutivo aprovado pela ex-senadora Fátima Cleide na Comissão de Assuntos Sociais (CAS).

Comissões promoverão 9ª edição do Seminário LGBT do Congresso


O seminário será realizado no Auditório Nereu Ramos no dia 15 de maio. 

Da Agência Câmara de Notícias 
Segundo Jean Wyllys, LGBTs têm ao menos 76 direitos constitucionais negados (Foto: Lula Marques)Segundo Jean Wyllys, LGBTs têm ao menos 76
direitos constitucionais negados (Foto: Lula Marques)
As Comissões de Direitos Humanos e Minorias; de Educação e Cultura; e de Legislação Participativa promoverão, no dia 15 de maio, o 9º Seminário LGBT. O lema do encontro é “Respeito à Diversidade se Aprende na Infância”.

Está será a nona edição do evento. O objetivo este ano será debater, com a sociedade civil organizada e o governo federal, a questão do bullying e da violência doméstica sofridos por crianças e adolescentes LGBTs.

O encontro foi proposto pelo deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ). Ele afirma que o seminário assegura a lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais (LGBTs) um espaço para as discussões de temas que lhes dizem respeito, além da possibilidade de exporem suas demandas e reivindicações políticas.

De acordo com Wyllys, ao longo dos dois dias, ativistas, militantes e acadêmicos, além de representantes da sociedade civil e do governo se reúnem com parlamentares para discutir ações de fortalecimento da dignidade do grupo. Ainda segundo o parlamentar, apesar de LGBTs contribuírem com o funcionamento da sociedade e da economia, eles teriam ao menos 76 direitos constitucionais negados.

Além de representantes do governo e da sociedade civil, especialistas em direito, educação, sexualidade, psicologia e cultura serão convidados para o encontro.

O seminário será realizado no Auditório Nereu Ramos, das 9 às 17 horas. Veja programação completa:



FÓRUM De ENTIDADES LGBT da PARAÌBA

XII SEMANA PARAIBANA DA CONSCIÊNCIA LGBT
PROGRAMAÇÃO

15/05/2012(terça-feira) – 14:30h


Sessão Especial na Câmara Municipal de João Pessoa

Tema: “ AFIRMANDO DIREITOS E CIDADANIA”

Abertura: ISA YPLA , MALÚ MORENA e DRAGs QUENS

Propositura: Vereadora Sandra Marrocos




16 e 17/05/2012(quarta e quinta-feira)

- Entrevistas nos meios de comunicação



18 e 19/05/2012(sexta-feira e sábado)

- II ENCONTRO ESTADUAL DO FÒRUM DE ENTIDADES LGBT DA PARAIBA



18/05/2012( sexta-feira)

- II CAMINHADA LGBT DA PARAÍBA

Concentração: 8:30h na Praça Rio Branco/Av. Duque de Caxias/Centro.

Saída: 10h

11h: Audiência com o Excelentíssimo Prefeito de João Pessoa Senhor Luciano Agra

Cerimônia de Lançamento da CORDENADORIA LGBT E DA IGUALDADE RACIAL DE 

JOÃO PESSOA.

Local : Paço Municipal/Centro

12:30h. - Almoço


15:00h : Conferência “ POLITICAS PÚBLICAS e LGBT na PARAÍBA”

Conferencista: Secretária Executiva da SMDH/PB

Senhora Gilberta Soares

Coordenação: Lidijânia Cassimiro – GMMQ

18: 30h. Jantar – 



19/05/2012(sábado)

Grupos de Trabalho.

GT1. Movimento LGBT e a Conjuntura Eleitoral

Facilitadores : José Cleudo Gomes(NCDH/UFPB)

Deivdson Victor Pilato(SMDH/PB)

GT2. Politicas Públicas e LGBT

Facilitadores : Renildo Morais (Centro de Referência LGBT/PB)

Simone Cavalcante – SEDES/PMJP

GT3. Lutas do Movimento LGBT na Paraíba

Facilitadores : Luciano Vieira(MEL)

Gel Laverna(Centro de Referência LGBT/PB)

GT4. O Movimento LGBT e outros movimentos sociais

Facilitadores : Gleyson Ricardo ( Consulta Popular)

Elinaide Carvalho (SMDH/PB)

12:30h – Almoço

14:00h – PLENÁRIA

Pauta: Apresentação dos resultados dos GTs

Encaminhamentos:

Facilitadores: Bruno Rapchael (NUDAS)

Adneuse Targino (GMMQ)

17:00h - Coffee Breack

Local: Faculdade de Direito – Pra
ça João Pessoa.